segunda-feira, 22 de junho de 2009

Kitsch

É um estilo marcado pela ausência de estilo, trata-se apenas de uma estética.
O termo Kitsch deriva do alemão Verkitschen que significa trapacear, vender alguma coisa no lugar do combinado, e a palavra Kitsch em si se refere a uma mercadoria ordinária.
A estética é caracterizada pela diversão, pelo abuso de cores e estampas, pelo over, pelo artificial e pelo consumo de alegorias, estando diretamente ligada a adornos e enfeites. Os produtos desenvolvidos são apenas cópias desacatáveis, baseando-se num cenário transitório de plástico e vidro. O Kitsch é uma arte que adorna a vida cotidiana com uma função social acrescida à função significativa, de modo que um objeto é kitsch apenas de acordo com as necessidades pessoais e a atitude kitsch está diretamente ligada ao sentimento e à memória.
Na Alemanha o kitsch é associado às cozinha adornadas com vacas holandesas, do mesmo modo que o American Way of Life, os paraísos artificiais e o patriotismo cego norte-americano.
A estética possui tipologias diferentes, variando entre o kitsch religioso, os filmes de terror e a arte de jardim. São considerados kitsch bandas como os Mamonas Assassinas, B-52’s e Kiss, programas de televisão como A Grande Família, festas como natal e casamentos e objetos de adornos como bibelôs, estes chamados de kitsch de antiquário.

Propaganda Dolce & Gabbana Cruise 2009

David La Chapelle- artigos religosos são tipicamente kitsch


The B 52´s

Arte de jardim- atitude kitsch



NeoConcretismo

A vanguarda brasileira conhecida como NeoConcretismo, data de 1959 a 1961 e nasceu em decorrência de divergências entre artistas concretistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Enquanto os paulistas insistiam em permanecer fechados, limitando a arte, os cariocas desejavam uma corrente mais aberta, indo além do que já havia sido feito até então.
Com bases no Concretismo Brasileiro e Construtivismo Russo, utilizando a arte como instrumento de construção de uma sociedade, relacionando-a com ciência e tecnologia, os neoconcretas reagem às tendências irracionalistas de qualquer espécie. Para eles, a arte possuía sensibilidade e não devia se limitar geometrismo puro.
Na tentativa de resgatar a expressividade e a subjetividade, o espaço e a experimentação passam a ser parte integrante do objeto de arte, de forma que tocando e manipulando, o observador podia também tornar-se parte da obra.

Principais Artistas:
Hélio Oiticica: um dos principais artista do movimento, partia da idéia de interação e trocas de experiências que a obra podia proporcionar. Foi responsável também pela criação dos parangolés, espécie de capa que só mostrava plenamente suas cores, tecidos, formas e texturas, a partir dos movimentos de quem o vestia.


Parangolé- Hélio Oiticica


Amílcar de Castro: relacionava o objeto com o espaço, criando enquadramentos diferentes na paisagem. Suas obras,baseadas na experimentação, formavam vazados, cortes e dobraduras sobre o plano.

Amilcar de Castro- Peças que figuram o espaço

Franz Weissmann: suas figurar apresentavam-se mais vazadas do que sólidas. Trabalhava com a tridimensionalidade e o equlíbrio.
Alfredo Volpi: Síntese e imagem não figurativa. Tem como ícone as bandeirinhas.
Alfrendo Volpi

Lygia Clark:objetos que permitem o manuseio e a exprimentação do espectador
"O dentro e o fora"- Lygia Clark




Punk

Em 1973, com o surgimento de bandas Punks, como Lou Reed, Velvet Underground, New York Dolls e The Stooges do Iggy Pop, um proprietário de casas show em Nova Iorque, inaugura um espaço para o público do Punk Rock. O lugar tornou-se tão conhecido que logo o punk difundiu-se pela Inglaterra, influenciando moda e ideologias ligada à anarquia, liberdade, juventude, etc.
O ideal punk variava de acordo com cada país, por fatores como crenças e religião. Em geral, no entanto, sustentavam valores como anti-machismo, anti-homofobia, anti-fascismo, amor livre, antilideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolismo.
Juntamente com a música, a moda é um aspecto marcante do movimento,apesar de muitos rejeitarem o termo moda, comparando-a como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência. Sendo assim, o estilo punk é reconhecido pela combinação de alfinetes, patches, lenços à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, brincos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano,(colorido ou espetado, etc) ou espetado por inteiro (dos lados, atrás e em cima) e em alguns casos lápis ou sombra no olho. Outros, aderem a um visual desleixado, “artesanalmente” adaptado,carregando alguma sugestão ao punk.
Intencionalmente contrastante com a moda vigente, o punk por vezes também apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos pela sociedade. Parte dos punks, entretanto, se vestem de maneiram menos chamativa. Essas variações de interesses e aparência punk, se dá pelo surgimento de sub-grupos associados à gêneros musicais e ideológicos.
Em diversos países, inclusive no Brasil, o vestuário punk se apresenta como forte motivo para brigas de rua entre gangues, membros de grupos distintos e outros movimentos que rejeitam o punk.


Vogue Itália- Outubro de 2008

Vogue Itália- Outubro de 2008


Vivienne Westwood
Excêntrica e irreverente, a história da estilista na moda, está ligada ao nascimento do punk.
Em 1970, ela e Malcolm McLaren, futuro integrante dos Sex Pistols, inauguram uma loja em Londres, a Sex, revolucionando o estilo da época. Peças de látex, roupas rasgadas,e camisetas enfeitadas com alfinetes e ossos de galinha, eram alguns dos itens que estavam a venda. A parceria, no entando, durou até o início de 80, quando Vivienne resolveu seguir carreira solo. No fim da década já era considerada uma das seis estilistas de maior influência no mundo, criando roupas com motivos políticos, críticas sociais, temas eróticos, com muito preto, vermelho, cores fortes, couro, correntes e rasgos e mesclando a cultura jovem com o tradicionalismo.



Coleção Verão 2007

Nerd

Nerd é um termo que descreve, de forma estereotipada e muitas vezes de maneira depreciativa, uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais e que, frequentemente, possui dificuldade de se integrar socialmente.
A expressão surgiu no final da
década de 1950 no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e alguns acreditam que a palavra deriva de Northern Electric Research and Development (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia Northern Electric), referindo-se, principalmente, as pessoas que trabalham em laboratórios tecnológicos. Na década de 1960, difundiu-se a sua conotação pejorativa, aplicado às pessoas com inteligência geralmente acima da média, com dificuldade em se relacionar socialmente e que não obedeciam aos padrões de beleza. Atualmente, no entanto, o termo nerd vem sendo usado para identificar pessoas que se interessam por tecnologia, ciência e informática.
Os Nerds são conhecidos por um determinado
estereótipo, divulgado pelos meios de comunicação, principalmente filmes, que geralmente não correspondem a realidade. Eles não têm um padrão próprio de vestuário e são muito sociáveis quando se sentem confortáveis no ambiente ou estão entre si.

Existem algumas sub-divisões entre a tribo sendo as mais conhecidas os Geeks, os Gamers, os Trekkers e os Otakus, cujos principais interesses são, respectivamente, tecnologia, jogos, Star Trek e cultura japonesa.

Apesar de serem uma Tribo Urbana
é difícil reconhecê-los pois não têm um estilo característico, não gostam dos mesmos tipos de música e nem todos freqüentam os mesmos lugares (apesar de uma grande parte frequentar convenções de quadrinhos e ficção científica).

“The Big Bang Theory” – série sobre quatro nerds e a vizinha bonita mas não muito inteligente.

Editorial Vincent Schoepfer


Sandpiper outono/inverno 2008




Clubbers

O movimento clubber surgiu na década de 1970, porém só veio se firmar nos anos 80, na Inglaterra, quando a cena inglesa era chamada de “acid house party”. O termo Rave (delírio) só veio existir posteriormente para reforçar a relação da música eletrônica, com o esctasy e o ácido lisérgico na busca por um estado alterado de consciência.
Os clubbers nasceram em conseqüência do chamado clubbing, que é a freqüência assídua a determinadas casas noturnas (clubs, ou discotecas) onde domina a música de estilo house, techno, trance, e drum n´bass, gêneros da música eletrônica. No entanto, com o início das raves as festas passaram a acontecer em espaços, abertos fora do perímetro urbano ou em galpões abandonados.
A formação da tribo tem como referencial o gosto pela música eletrônica, associado ao estilo de vestir, ao culto ao DJ, à cultura gay, ao uso de drogas e à ideologia PLUR (peace, love, unity and respect). O modo de vestir dos clubbers é caracterizado pelas roupas coloridas e fluorescentes, acessórios ousados, maquiagem forte e penteados excêntricos, sendo que algumas peças apresentam uma simbologia, como:
- Roupas coloridas: é uma maneira agradável de ver a vida; - Piercings : é um protesto contra o aborto, desrespeito a vida; - Tatuagens: é o conhecimento do próprio corpo e a liberdade de usá-lo como vitrine para um novo mundo; - E.T.s: representa uma sociedade pronta para viver em paz com qualquer outra; - Raves: geralmente realizadas em meio à natureza, mostrando uma relação do homem como se fosse um só corpo; - Músicas: não existe letra, na maioria dos estilos musicais, por se tratarem de melodias individuais e universais são feitas para serem sentidas e não, simplesmente, ouvidas; - Cabelos arrepiados: protesto contra as guerras e armamentos nucleares; - Coturno: movimento contra o serviço militar, “antipatriotismo”; - Maquiagens fortes: um protesto quanto à falsidade das pessoas, simboliza as máscaras; - Objetos fluorescentes: cada ser é capaz de imitir bons fluidos, uma luz própria a favor da paz; - Presença de GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais) em festas em clubs e raves: o direito da liberdade sexual, a todas formas possíveis de amar.
-Alfinetes: Contra o aborto.-Cabelo Moicano: Contra a matança e a favor do futurismo.
-Calça Xadres: Contra o racismo.-Acessórios coloridos: A favor dos homossexualismo ou sem preconceitos.
-Chupeta: Contra o abuso de menores.-Saião: Contra o machismo.-Símbolo Nazismo: Contra o nazismo
-Mascara Hospitalar: Contra a poluição atmosférica



Campanha inverno 2008 TudiCofusi, com referência Clubber.


Pop Art

Os primeiros movimentos do século XX (Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo), mexem com a vida social do homem, fazendo-o pensar. Durante a década de 1960, em meio a mudanças como o progresso tecnológico, o desenvolvimento dos meios de reprodução técnica, a disseminação da cultura jovem, da sociedade de consumo e dos ideais de beleza, surgem um movimento de se expressar.
A Pop Art originou-se na Inglaterra, mas sua maior repercussão ocorreu nos EUA, sendo Nova Iorque a capital da arte pop.
O movimento passa a ser, então, um meio de crítica a sociedade de consumo e desperdício, colocando em cheque a poluição e a reciclagem.A arte que antes era basicamente a representação de paisagens, temas de conquista, burguesia em retratos e influências européias, passa a abordar os mitos do cotidiano, o crescimento abusivo do consumo, a representação em série e a utilização dos elementos comuns a sociedade em massa, como a fotografia, a publicidade, ilustrações de revista e história em quadrinhos.
Para os artistas da Pop Art, as pessoas precisavam se alimentar de ARTE e essa deveria ser para todos, o que foi representado na série Campbell’s Soup de Andy Warhol, na qual o artista brinca com a analogia entre arte como alimento e alimento como arte.

Campbell’s Condensed Tomato Soup – 1962/ ANdy Warhol queria uma arte semelhante à maquina, sem emoção, nem crítica social


“Whaam!, Lichtenstein- Usando cores primárias berrantes com branco e preto, o artista delineia formas simplificadas, incorporando pontos mecânicos de impressão (benday) e imagens esteriotipadas
Principais artistas:
Jasper Johns: trabalha a bandeira norte-americana e o ideal de liberdade atribuído a ela.
Roy Lichtenstein: faz críticas sociais aos americanos, trabalha com pontilhismo e referencias às historias em quadrinhos, e é o artista da Pop Arte mais conhecido na moda.
Andy Warhol: conhecido como o pai da Pop Art, utiliza da sua imagem como marketing pessoal, trabalha com CMYK, com figuras e logomarcas famosas, com imagens bidimensionadas, faz menção à reprodutibilidade, ao consumo em massa e ao “consumo” de celebridades e denuncia o consumo de carnes e a banalidade com que estavam sendo tratados os acidentes.
Marisol
James Kossenquist
George Segal
Tom Wasselmann
Moda e Pop Art
A Pop Art traz para a moda as estampas gráficas, a representação de pessoas famosas (idolatria ao Pop Star), a bandeira americana com um ar rock’n roll, as histórias em quadrinhos e as cores chapadas, que podem ser vistas em peças como o vestido Mondrian de YSL, peças com logomarca (logomania) e a coleção “Warhol Factory X Levi´s", desenvolvida pela marca de jeans e na qual as peças possuem detalhes de algumas das mais famosas obras do pai da pop arte e também frases dele.



Carlos Tufvesson- Primavera/Verão 2008


Che Guevara- camisa com referência pop mais usada pelo mundo


Harajuco

Na década de 1950, o mundo ocidental presenciou a popularização de tribos que contestavam os padrões do cotidiano, por meio de roupas e atitudes escandalosas. As influências ocidentais, entretanto, restringiram-se na tradicional e fechada sociedade japonesa. Somente a partir da década de 1990, que a moda de rua ganha forças no Japão, expressando as reais vontades e gostos dos adolescentes asiáticos. Neste contexto, surgiu um grupo de jovens vestidos de maneira inovadora e exagerada: as Harajucas. O termo Harajuco tem origem na área próxima a estação de trem Harajuco, em Tóquio. Essa região ficou famosa por suas butiques, brechós e cafés, além das próprias harajucas que se reúnem principalmente aos domingos, para conversarem, dançarem e se exibirem

Kawaii são assim chamadas por sua aparência “fofa” e “bonitinha”. Vestem-se com roupas de criança, com laços, cores pasteis e acessórios de bichinhos ou personagens de anime. Seguindo a mesma linha das Kawaii, as Decora são jovens que usam cores fortes, presilhas e laços no cabelo, sobreposições e acessórios coloridos como: bichos de pelúcia e plástico e bijuterias que fazem barulho quando se movimentam.

Gothic Lotitas ou GothLoli são jovens que se vestem a partir de influências das roupas usadas por mulheres e crianças da Era Vitoriana e suas bonecas de porcelana. Além disso, as lolitas japonesas se inspiram no estilo gótico, em filmes de terror, nos punks e em personagens de anime, variando entre um look dark ou mais delicado.

Cosplay é abreviação de Costume Play, e consiste no grupo que se veste como personagens de anime, mangá e videogames. São freqüentemente vistos em eventos públicos, shows e festas dedicadas à tribo. No distrito de Akihabara, em Tóquio, existem vários cosplays cafés, nos quais até as garçonetes se fantasiam.
Visual Kei se refere a um movimento entre os roqueiros japoneses e é caracterizado pelo uso de roupas e cabelos elaborados, looks excêntricos e maquiagem pesada. A palavra “kei” na expressão Visual Kei significa estilo ou tipo, relacionando-se ao estilo musical adotado por eles: o Rock Gótico dos anos oitenta, o Punk, o Heavy Metal, ou até os três ao mesmo tempo. Além de reunir-se na Ponte Jingu Bashi, próxima a Estação Harajuco, os Visual Kei também se vestem em shows, encontros e outros eventos.

Ganguro surgiu no início da década de 1990, mas só se popularizou nos anos 2000. O estilo consiste em um bronzeado intenso, acompanhado de cabelos descoloridos em tons de cinza, prata e laranja, além de batom e sombra brancos. Shorts, minissaias, sarongs de tie- dyed, brincos, colares e braceletes são peças chave do seu vestuário.





New Rave

New Young Pony Club

Klaxons

Cores fluorescentes, óculos Wayfarer coloridos, leggings metalizadas, camisetas enormes com dizeres chamativos, referências aos anos 80 e 90, são algumas das peças que saíram do palco desses grupos e foram parar nas ruas, formando o estilo New Rave. Vários estilistas adotaram o look colorido e chamativo em suas coleções e foram criadas grifes direcionadas para a tribo. A marca londrina Cassette Playa é uma favorita dos adeptos da moda, com suas roupas psicodélicas e muito alegres. As camisetas da inglesa House of Holland viraram objeto de desejo de muitos descolados. Elas geralmente vêm em tamanho extra-grande, em combinações de cores muito vibrantes e com frases estampadas que fazem trocadilhos com os nomes de personalidades britânicas.

Desfile Cassette Playa


Desfile House of Holland
O desfile outono/inverno 2009 da Amapô trouxe referências das raves dos anos 90, do estilo punk, rock e até mesmo emo, e teve como look de abertura uma calça metalizada e uma blusa com estampa geométrica no melhor estilo New Rave.






sábado, 20 de junho de 2009

Body Modification

Contrapondo com a Body Art, a Body Modification consiste em modificações realizadas para decorar o corpo e/ou suprir um desejo e um status social. São alterações permanentes ou semipermanentes, realizadas através de cirurgias extremamente dolorosas, na maioria dos casos. A modificação do corpo, por razões culturais ou religiosas, é uma prática que acontece há milhares de anos em tribos africanas, índios sul-americanos, aborígines australianos, ou mesmo em mulheres chinesas que, desde a infância, enfaixavam seus pés com os dedos virados para baixo para seus pés parecerem menores. Mesmo sendo considerada uma arte por muitos, a Body Modification não pode ser confundida com a Body Art, já que não envolve nenhum protesto ou manifestação. Existem vários tipos de modificações, sendo as mais comuns as tatuagens, os piercings, os implantes subcutâneos, a bifurcação da língua e a escarificação. Erik Sprague, Homem-Lagarto, artista performático.
Denis Avner, Homem tigre

Zombie Rick, Homem esqueleto


Orlan (Surgery Performance)

Editorial "The Obssesion for Perfection" Vogue Itália
Body Suspension

É um tipo de Body Modification que consiste em suspensão do copo através de pircings e ganchos. Os pircings são temporários e a perfuração ocorre pouco antes da suspensão.
A body suspension é uma tradição cultural e religiosa, praticada há milhares de anos, na Índia, onde a dor extrema provocada pela suspensão fazia com que os indianos acreditassem estar mais próximos de suas divindades. Até hoje, para alguns, a pratica é considerada como forma de meditação e muitos dizem entrar em transe quando estão suspensos.


Body Art

No final da década de 1960, surgem movimentos artísticos nos quais o conceito e a idéia passam a ser mais importantes que a obra em si e a arte é usada como forma de protesto e manifestação.
Tintas e pinceis são abandonados e o corpo passa a ser suporte para a arte: tem-se o início da performance, conceito que aparece pela primeira vez com o minimalismo e se estende à body art. Desse modo, os espectadores da body art vivenciam uma infinidade de reações, provocadas por obras intencionalmente chocantes, elaboradas, engajadas, engraçadas e que convidam à reflexão.
O vestuário é usado como meio para repensar a vida e como suporte de expressão artística, criando uma sinergia entre Arte e Moda. O corpo torna-se meio para explorar gênero, sexualidade, doença, morte, violência e identidade, sendo o vestuário uma forma de se identificar em tribos comuns entre si.A nudez, antes usada apenas como manifestação, passa a ser usada como arte.
Com a Body Art ocorre a revelação de tabus e a liberação sexual, através de criações que vão desde o exibicionismo sadomasoquista às celebrações comunitárias.
Apesar da Body Art ter sido na época um movimento extremamente original, o corpo já havia sido usado como material pelo dadaísmo. Já a influência da Arte Conceitual consistiu no uso da idéia como conceito principal. Além disso, a Guerra do Vietnã e Watergate, serviram de espaços para diversos protestos e manifestações.

Yves Klein

Glaube, Hoffnung, Liebe - Marina Abramovic

Concretismo

Durante a década de 1940, o Brasil encontrava-se atrasado em relação aos movimentos artísticos mundiais e a arte brasileira representava apenas o popular, como nos quadros de Guignard.
No final de 1951 acontece a 1º Bienal de São Paulo, introduzindo o Brasil na arte estrangeira e trazendo idéias vanguardistas que estavam em vigor na Europa. É estabelecido, então, um eixo cultural formado por Rio de Janeiro e São Paulo.Em 1956, o movimento concretista brasileiro é apresentado na Exposição de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
O Concretismo foi bastante influenciado pelo Construtivismo Russo e caracterizou-se por deixar de lado o figurativo e fazer uso da abstração. Nesse sentido, a geometria configurou-se como principal forma de linguagem.
Apesar de ter ação sobre as artes plásticas, a poesia concreta é a melhor idéia que se tem do movimento. Valorizava-se a forma e a comunicação social em oposição ao tema. Não há uso de versos e as palavras formavam figuras geométricas. Mesmo possuindo carga semântica, o peso da poesia estava no conteúdo visual e no sonoro das palavras. Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, em 1952, lançam o grupo e a revista “Noigandres”, divulgando uma nova forma de fazer poesia.
Em 1963, o designer brasileiro Alexandre Wollner, formado pela Escola de Forma Da Ulm (sucessora da Bauhaus), inaugura a Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro e o Brasil ganha sua primeira escola de design.
A semelhança estética entre o Concretismo e a Op Art, se deve ao minimalismo com repetição e movimento. Entretanto, não se pode confundi-los, pois cada um possui identidade própria e funções sociais diferentes.

Paralelas iguais com efeitos deiferentes – Luis Sacilotto – 1953





Décio Pignatari

No desfile da Cori para o inverno 2009 a influência concretista está presente no grafismo, nos shapes, nos acessórios e até na cenografia.

Durante o São Paulo Fashion Week outono/inverno 2004 foi realizado um desfile com 37 modelos vestidas por diferentes estilistas representando toda a pluralidade de gêneros e estilos da moda nacional. Os looks exaltaram por meio das formas e cores, a beleza concreta da cidade, repleta de contrastes e misturas, inspirados em movimentos como a antropofagia modernista até chegar ao concretismo.





Moda Conceitual

Na moda a arte conceitual aparece em coleções nas quais o conceito antecede o valor de uso e aparência. É também visivelmente ligada ao uso de novas plásticas, materiais, à tecnologia e às performances.
A moda conceitual, como é chamada, forma uma nova linguagem utilizada pelos estilistas para expressar critiavidade, comunicar idéais, provocar questionamentos e convidar o espectador a refletir e sentir-se instigado, mesmo que nem sempre seja compreendido, e muitas vez essa é a intenção.

Hussein Chalayan- moda e tecnologia

"A costura do invisível"/Jun Nakao- consumo descartável

Martin Margiela

Kei Kagami