terça-feira, 16 de junho de 2009

Tropicalismo

Em meados da década de 1960, o Brasil passava por uma Ditadura Militar. O país era dominado por atitudes tradicionais e nacionalistas, que permeavam também as artes e a música. Foi neste contexto de censuras e imposições, que surgiu um movimento cultural conhecido como Tropicalismo (1967- 1672). O termo “Tropicália” havia sido usado primeiramente pelo artista plástico Hélio Oiticica em uma de suas obras multissensoriais, para designar a identidade cultural brasileira. Formado por uma série de artistas baianos, o Tropicalismo buscava através da música expressar a cultura e a realidade do país.Inaugura não só uma arte de vanguarda e protesto social, como também uma nova arte de herança antropofágica e concretista. A música era engajada, revolucionária e original. Raízes nordestinas eram misturadas com o que havia de mais novo na música moderna, e até mesmo a guitarra elétrica foi introduzida. Todo esse experimentalismo e ousadia resultaram numa linguagem jovem, popular e de extremo bom gosto. Apesar de ser um movimento essencialmente musical, o Tropicalismo abrange também as artes, o cinema e a moda, consagrando artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Glauber Rocha, Gal Costa, Maria Betânia, Tom Zé, Nelson Mota, Rogério Duarte, entre outros.Na época, foi considerado pela militância de esquerda como movimento alienado e integrado ao imperialismo internacional, e alguns de seus participantes acabaram sendo presos e exilados.

Capa do LP TROPICÁLIA ou PANIS ET CIRCENCIS1968

Moda tropicalista,final da década de 1960
“Tropicália”(1967)– Obra Multissensorial de Hélio Oiticica


Bananeira de Caetano durante o Programa “Divino Maravilhoso”




Nenhum comentário:

Postar um comentário