sábado, 20 de junho de 2009

Arte Conceitual

Para alguns artistas do final dos anos sessenta e início dos anos setenta, tanto as pinturas,como as esculturas, tinham morrido. Não que a arte em si estivesse morta, mas para estes artistas, o uso do objeto como arte havia se desmaterializado.
As idéias da Arte Conceitual surgiram a partir das obras do dadaísta Marcel Duchamp, e do seu pensamento de que todas as coisas podiam ser arte. O conceito, então, passa a ser o artifício mais importante.
Enquanto os minimalistas eliminaram da arte o uso de imagens, personalidades, mensagem e emoção, os conceitualistas desaparecem com o objeto. Para eles o processo de criação valia muito mais que a peça acabada. E já que a idéia era o essencial, a execução da obra ficava em segundo plano, não necessariamente sendo feita pelas mãos do artista.
Além disso, os artistas conceituais reivindicaram uma nova relação entre arte e texto, usando mensagens verbais e escritas como a própria obra de arte.
Em 1961, o artista Piero Manzoni provando que tudo pode virar produto e ser vendido, defecou em 90 latinhas e as etiquetou com o texto “Merda d´ Artista” ( Merda de Artista). Detalhe: todas as latas foram realmente comercializadas. Já Sol LeWitt, dizia que os conceitualistas eram misteriosos e não podiam ser alcançados pela lógica.

“Merda d´Artista”- Piero Manzoni

Joseph Kosuth- Uso do texto como arte.

“One and Three Chairs”(1965)- Joseph Kosuth
O Grupo Fluxus foi um importante grupo dos anos 1960. Inicialmente surgiu como título de uma revista e se estendeu em realizar performances, instalações, entre outros suportes. Sob grande influência dadaísta, o grupo criticava os valores burgueses, às galerias, o individualismo e a função social da arte e dos artistas. Suas apresentações eram sempre provocativas,críticas e com extrema presença de humor



“Vagina Painting”- Grupo Fluxus
De cócoras e com um pincel atado à roupa interior, a artista transforma o seu corpo numa ferramenta e vai discorrendo um vermelho menstrual sobre a tela. O corpo feminino, enquanto objeto de arte, já não existe e transforma-se no instrumento da criação. "Vagina Painting" aborda questões como a fertilidade, a criação e a posição da mulher na sociedade.


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